Jornal A Tribuna - 14/10/2006
Da Reportagem
Sua conta bancária está constantemente negativa? Está sempre pagando o valor mínimo da fatura do cartão de crédito? Já não sabe se torce para o mês começar ou acabar? Se todas as suas respostas foram afirmativas, você, provavelmente, ainda não entendeu o significado de uma palavra que, a cada dia, passa a ganhar mais espaço no seu cotidiano: juros.
Após flertar com eles por três anos, o empresário santista Fábio Henrique foi à lona. Mas, entre cheques devolvidos e títulos protestados, conseguiu se levantar, estudou melhor o assuntou e concluiu: Juro, nunca mais!
A promessa, feita a si mesmo, batiza o livro que Henrique está lançando pela editora Comunicar. Nele, o empresário dedica-se a apontar as causas que levam ao endividamento, como falta de planejamento, consumismo e ansiedade.
A obra, conta o administrador de empresas, é uma espécie de sequência ao seu primeiro trabalho, Tire sua empresa das trevas, editado em 2003. ‘‘O livro era dedicado a empresas. Mas, depois dele, as pessoas começaram a me escrever dizendo que estavam com problemas com o cartão de crédito, dívidas no banco. Resolvi, então, fazer esse livro voltado única e exclusivamente para a pessoa física’’, conta.
A nota de R$ 10,00 servindo de isca na ratoeira, foto que ilustra a capa, resume fielmente a idéia que Henrique tenta transmitir ao leitor: as suaves parcelas oferecidas ao consumidor para que ele compre determinado produto trazem consigo a armadilha dos juros, da qual ele pode levar um bom tempo para se livrar.
Ele explica: ‘‘Você quer um carro e está sem dinheiro para pagar à vista. Mas a propaganda diz que você pode dar 48 parcelas de R$ 300,00. Aí você pensa: R$ 300,00 eu tenho. Só que não considera os juros. Então, no final do financiamento, você pagou R$ 30 mil por um carro que vale R$ 15 mil. E vai acabar vendendo por R$ 10 mil’’.
O problema, sustenta o administrador, é que o endividamento não se restringe apenas à compra do carro. As despesas geradas pela nova aquisição, como combustível, seguro, impostos e manutenção, normalmente não são consideradas. ‘‘Conheço várias pessoas que aceitaram pagar uma parcela de R$ 300,00 ganhando um salário de R$ 500,00, R$ 600,00’’.
Pateta
O primeiro passo para ‘‘sair do vermelho’’, diz Henrique, é colocar receita e despesa na ponta do lápis. Não se pode gastar mais do que se ganha, mesmo que isso signifique mudar seus hábitos consumistas. ‘‘A melhor saída para equilibrar as finanças é ganhar mais, o que é cada vez mais raro para o brasileiro. Então, resta cortar gastos, fazer um orçamento, ver o que realmente eu preciso comprar. Só que praticamente ninguém faz isso’’.
Adquirir o hábito de planejar despesas ajuda o consumidor também a juntar dinheiro para investimentos de longo prazo, como viagens. ‘‘No livro, conto a história de uma viagem mal planejada, em que o cara sempre quis ir para a Disney (nos Estados Unidos), mas não se planejou e fechou o pacote em cima da hora, parcelando em dez vezes. Depois, calculando direitinho, ele percebeu que gastou R$ 3 mil só com juros’’, conta. ‘‘E, no final das contas, quando olhou a foto que tirou do lado do Pateta (personagem de Walt Disney), não sabia mais quem era quem’’.
Controle
Entre as dicas do administrador, está desconfiar sempre de anúncios que oferecem parcelas sem juros. ‘‘Ali, os juros já estão embutidos. Se tiver dinheiro, pergunte quanto custa à vista. Se a loja não der desconto, procure outra’’, desafia.
Outra é ficar o mais longe possível de cheques, cartões de crédito e demais produtos que o banco oferece. ‘‘Banco bom é banco de praça, que fica lá quietinho, não cobra taxas por utilização e, quando você precisa depositar seus fundos, continua lá, impassível e receptivo’’.
Porém, mesmo com todas as críticas, Henrique reconhece a dificuldade que é livrar-se definitivamente dos juros. ‘‘Às vezes, para se dar um passo maior na vida, o financiamento é inevitável’’, admite. ‘‘Mas fazer um orçamento permite que você não perca o controle sobre eles’’.
Os interessados no livro podem obter mais informações no site do autor, www.pde.com.br, onde também é possível comprá-lo.
Os cinco sempres:
1. Sempre coloque receitas e despesas no papel – orçamento
2. Receitas devem ser sempre maiores que as despesas – tenha lucro
3. Sempre guarde uma reserva – imprevistos acontecem
4. Sempre planeje e guarde recursos para investimentos viagens e bens
5. Sempre resolva seus problemas no início – o tempo é o pior inimigo do devedor
Fonte: Juro, nunca mais!, de Fábio Henrique
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